Imóveis à Venda em Itatiba-SP
Foi no território de Jundiaí, nos seus limites com antigas Vilas de Atibaia, Bragança e Campinas, que teve início a história da ocupação e posterior fundação da cidade de Itatiba. Até meados do século XVIII (por volta de 1750), esta área não era ainda ocupada pelo homem, mas isso não significa que ela fosse desconhecida. Como exemplo desse fato, sabemos que desde os idos de 1700, o Rio Atibaia já era utilizado para a navegação, servindo como meio de transporte para pessoas e mercadorias entre uma vila e outra. Aos poucos, portanto, o nosso território foi sendo "descoberto", conhecido e reconhecido pelos povos de Atibaia, Bragança e Jundiaí.
No desenrolar desse processo, logo se revelou que as terras que compõem o município eram fertilíssimas, qualidade esta fundamental para a fixação do homem. E tal fato ocorreu precisamente no ano de 1786, ocasião em que a história registrou, pela primeira vez, a existência de 12 famílias pioneiras residindo na região onde, tempos depois, seria fundada a cidade de Itatiba.
Para comprovar a veracidade desse fato, foi descoberto, em 2004, o documento mais antigo que trata dessa questão, ou seja, um antigo recenseamento realizado na Vila de Jundiaí e cujo original manuscrito encontra-se hoje no acervo do Arquivo do Estado de São Paulo. Através dessa fonte foi possível constatar que, naquele ano 1786, doze famílias vindas na sua maioria de Atibaia e Bragança começavam a abrir seus sítios na mata e iniciavam o plantio. Esses primeiros moradores estabeleceram-se nas margens do Rio Atibaia e deram início a um núcleo rural que recebeu o primitivo nome de Bairro do Atibaia. Tais bairros, comuns na São Paulo de outrora e origem de várias cidades, eram formados pelo conjunto de sítios e fazendas distantes dos núcleos urbanos e cujos moradores, vizinhos uns dos outros, reuniam certas afinidades econômicas, sociais e religiosas. Vale lembrar que a reunião desses sítios formava uma comunidade reconhecida pelo governo da antiga Capitania paulista e Itatiba, como comprovado, passou a ter essa condição a partir de 1786.
A partir de então, e em função da qualidade de suas terras, o pequeno bairro foi progredindo. Em 1792, por exemplo, o núcleo já abrigava 42 famílias, num aumento espetacular de quase 200% em relação a 1786. Mas, o ano de 1792 nos revela também uma outra particularidade, pois foi justamente naquela época que Itatiba recebeu um de seus mais célebres moradores: o jundiaiense Antônio Rodrigues da Silva, também conhecido como Sargentão. E este apelido não era gratuito, pois ele possuía mesmo a patente de sargento e servia na 6ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria e Milícias de Jundiaí. A importância desse personagem na nossa história é muito grande, pois foi ele o introdutor do culto a Nossa Senhora do Belém, cuja primitiva imagem ele trouxera consigo provavelmente de Minas Gerais.
Instalado em seu sítio no atual bairro do Cruzeiro, Antônio Rodrigues construiu uma pequena capela que, a partir de então, passou a ser o centro religioso e social da antiga comunidade do Bairro de Atibaia. Tendo em vista terras tão promissoras, formou-se uma forte corrente migratória e, como visto, também de Jundiaí. Como consequência, a população aumentou sobremaneira.
Diante dessa circunstância, os moradores decidiram construir uma outra capela para substituir a primitiva então localizada no bairro do Cruzeiro. Para isso reuniram-se o Sargentão e seu amigo Raimundo Cardoso de Oliveira para adquirir, em 1822, uma grande gleba na colina vizinha, no quadrante leste, muito mais suave e propícia para a constituição do núcleo urbano. Em agosto de 1823 a escritura dessas terras foi registrada no cartório de Jundiaí, sendo, em seguida, doadas como patrimônio da Capela do Belém. Assim, foi possível delimitar a cidade e abrir as primeiras ruas, largos e praças, hoje localizadas no centro da cidade de Itatiba.
Não restam dúvidas de que a principal intenção dos antigos moradores do Bairro do Atibaia era a de transformar o núcleo em Freguesia. Dispostos a construir uma nova cidade, eles iniciaram a edificação da segunda capela, atual igreja do Rosário. Após muita luta, foi somente a 9 de dezembro de 1830 que a comunidade foi elevada para a categoria de Freguesia com o nome de Belém de Jundiaí.
Itatiba permaneceu subordinada a Jundiaí por mais 27 anos, mas a relação entre os dois núcleos começou a se desgastar por volta de 1850, época em que o café foi introduzido na cidade. Em 1856 a situação já estava no limite e, por isso, os itatibenses elaboraram um abaixo-assinado, solicitando que a Freguesia fosse transformada em Vila, fato este que traria a tão esperada autonomia política. O documento foi enviado à Assembleia Legislativa paulista e o projeto foi aprovado em 20 de fevereiro de 1857, o que originou a Lei nº 553 que criava a Vila do Belém de Jundiaí. No dia 1º de novembro do mesmo ano, tomaram posse os primeiros vereadores eleitos.
Posteriormente, a Vila foi promovida a cidade (em 1876) e a modificação de seu nome ocorreu logo em seguida, em 1877, época em que passou a se chamar Itatiba, que significa "Muita Pedra" na língua Tupi.
A primeira grande riqueza da cidade foi o café. Na segunda metade do século XIX, Itatiba, que fazia parte da área pioneira do plantio em direção ao Oeste Paulista, alcançava uma grande produção. Tal fato proporcionou um enorme desenvolvimento econômico para a cidade que, devido a sua grande produção, possuía inclusive uma ferrovia, a "Estrada de Ferro Carril Itatibense".
Após sucessivas crises, dentre elas a de 1929, a produção decaiu e Itatiba passou a adotar um perfil mais industrial. As primeiras grandes indústrias que se instalaram no município pertenciam ao ramo têxtil, de fósforos e de calçados. A partir da década de 1960, a cidade conheceu um novo surto de desenvolvimento: data dessa época a instalação das primeiras indústrias vinculadas ao ramo moveleiro, que tinham como característica principal a produção de móveis em estilo colonial. Por essa especialidade, Itatiba passou a ser conhecida como a "Capital Brasileira do Móvel Colonial".
Atualmente, a indústria se diversificou e, com a instalação de um moderno Distrito Industrial, a cidade segue esse caminho não se esquecendo, no entanto, da agricultura que ainda hoje é bastante importante, destacando-se na produção de vagem e de caqui, uma de suas marcas na atualidade. Itatiba é uma cidade com um grande potencial turístico, onde se desenvolvem várias atividades ligadas ao Turismo Rural, Histórico-Cultural e de Eventos. Como a cidade foi construída incrustada em colinas, com uma beleza natural notadamente reconhecida, recebeu o codinome de "Princesa da Colina".
Atrativos da cidade de Itatiba:
- Arquivo Público Municipal
- Artesanato
- Asilo São Vicente de Paulo
- Biblioteca Municipal "Chico Leme"
- Conservatório Municipal "Profª Alba Panzarin Degani"
- Corporação Musical Santa Cecília
- Estação Ciências - "Prof. Neide Terezinha Canal Pereira"
- Eventos permanentes
- Grupo Escolar "Coronel Júlio César"
- Mercado Municipal "Dona Lica"
- Museu Histórico Municipal "Padre Francisco de Paula Lima"
- Paço Municipal "Prefeito Roberto Arantes Lanhoso"
- Palacete Damásio
- Paróquias e Igrejas
- Parque Ferraz Costa
- Parque Luís Latorre
- Planetário Municipal "Prof. Benedito Rela"
- Praça da Bandeira
- Roteiro Rural
- Setor Moveleiro
- Solar dos Alves Lanhoso
- Solar Ferraz Costa
- Zooparque Itatiba
Saiba mais sobre o município:
Clima, Relevo e Vegetação
Clima tropical de altitude, com temperaturas oscilando entre 18ºC e 25ºC; a média anual é de 20,6ºC. Ventos - Sul e Leste.
O relevo é acidentado, formado principalmente pela Serra da Jurema, com solo massapé, em sua maioria.
A vegetação é de campo e abrange 2.590ha. A área de reflorestamento é composta basicamente de eucalipto e abrange 2.860ha.
Área Verde
Pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o índice deve ser de 12m2 de área verde/habitante. Em Itatiba, este índice é muito maior, sendo: Relativo à área total do município: 4.108 m2/hab. e relativo à área urbana: 390 m2/hab.
População do Município
Estimativa - 111.620 habitantes - 2014 (IBGE)
Localização
Municípios Próximos: Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira, Jundiaí, Jarinú, Bragança Paulista, Morungaba e Atibaia.
Zona Administrativa do Estado:
Região Administrativa: Campinas
Região de Governo: Jundiaí
Ferrovia
As estações ferroviárias mais próximas são as de Jundiaí (passageiros da CPTM), Louveira e Campinas (sem tráfego de trens de passageiros).
Aeroportos próximos
Aeroporto Internacional de Viracopos, a 50 km;
Aeroporto Internacional de Congonhas, a 84 km;
Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos (Cumbica), a 100 km;
Aeroporto de Bragança Paulista a 35 km;
Aeroporto de Jundiaí, a 24 km;
Ônibus municipal:
A empresa que opera o transporte urbano na cidade é a Transporte Coletivo de Itatiba (TCI).
Ônibus Intermunicipais
Rápido Fênix Viação - Suburbanos (Circular)- Campinas via Valinhos (EMTU), Campinas via Louveira, Jundiaí, Morungaba, Amparo, Atibaia, Bragança Paulista.
Convencional- Campinas via Rodovia Dom Pedro I (EMTU), Bragança Paulista, Jundiaí, Morungaba, Amparo, Serra Negra, Lindóia, Águas de Lindóia, São Paulo via Rodovia dos Bandeirantes, São Paulo via Rodovia Anhanguera, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá.
Rodovias
80 km de São Paulo - Acessos pelas Vias Anhanguera ou Bandeirantes, passando por Jundiaí, que tem acesso pela SP-360;
25 km de Campinas - através da Rodovia Dom Pedro I;
18 km de Jundiaí - através da SP-360 (Rod. Eng° Constâncio Cintra);
30 km de Jarinu - através da Rodovia Dom Pedro I;
35 km de Atibaia - Rodovia Fernão Dias - através da Rodovia Dom Pedro I;
40 km de Bragança Paulista - Rodovia Fernão Dias - através da SP-63 (Rod. Alkindar Monteiro Junqueira);
100 km de Jacareí - Via Dutra - através da Rodovia Dom Pedro I;
14 km de Vinhedo - Rodovia Anhanguera por estrada vicinal;
10 km de Valinhos - Rodovia Anhanguera por estrada vicinal ou pela Rodovia Dom Pedro I;
18 km de Louveira - Rodovia Anhanguera através da SP-63 (Rod. Romildo Prado);
15 km de Morungaba - através da SP-360 (Rod. Eng° Constâncio Cintra, trecho também conhecido por Rod. das Estâncias);
45 km do Aeroporto Internacional de Viracopos (em Campinas);
Aproximadamente 277 km de boas estradas municipais complementam o sistema de ligação por via terrestre.
Economia
Itatiba é conhecida como a Capital Brasileira do Móvel Colonial, em função das diversas indústrias do ramo moveleiro instaladas na cidade. Porém, com o tempo, a indústria tem se diversificado e produzido diversas modalidades de órgãos vitais.
Entre as indústrias de renome instaladas em Itatiba, pode-se citar a Nivea, BorgWarner, Valeo, Bobst, Kromberg & Schubert, entre outras. Mesmo com esse perfil, a cidade ainda é a maior produtora de vagem no país.
Itatiba é também conhecida como a Cidade do Caqui.
Itatiba faz parte do Polo Turístico do Circuito das Frutas juntamente com mais nove municípios - Atibaia, Indaiatuba, Itupeva, Jarinú, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo. No Circuito das Frutas, Itatiba é a cidade do Caqui. Na fruticultura, as principais frutas encontradas no município são: caqui, maracujá, uva, figo, goiaba, morango, pêssego, acerola, entre outras.
Em 2014, o PIB per capita a preços corrente era de R$ 46.116,59. O orçamento municipal em 2015 foi de R$ 360,15 milhões. O saldo da balança comercial em 2016 foi um déficit de R$ 55,337 milhões.
Turismo
Itatiba possui o primeiro Zoológico Temático do Brasil, chamado Zoo parque. Além disso, Itatiba possui em sua região central vários edifícios de valor histórico e magnífica beleza arquitetônica. Estes casarões datam, em sua maioria, do século XIX e têm sido bem preservados até hoje.
No centro da cidade, é possível visitar o Mercado Municipal, instalado em uma antiga fábrica de fósforos da primeira metade do século XX. Os visitantes encontram diversos estabelecimentos que vendem produtos cultivados nas fazendas ou chácaras da região, além de artesanatos e doces caseiros.
Desde o início da década de 1990, o município registra um aumento crescente de estabelecimentos explorando o turismo em espaço rural. A produção cafeeira deixou na zona rural traços fortes da arquitetura do século XIX que hoje é cenário para o turismo histórico-cultural. Além disso, a produção agrícola focada na fruticultura abre espaço para o desenvolvimento do Agro turismo. Em 2006 são 8 empreendimentos que oferecem esse tipo de serviço, porém o potencial do município é ainda muito maior.
Educação
Itatiba conta com um campus da Universidade São Francisco (USF). Dentre os cursos ofertados, destacam-se Administração, Engenharia Civil e Psicologia. A cidade também possui a ETEC Rosa Perrone Scavone e uma unidade do SENAI. Em 2016, a cidade passou a contar com uma unidade da FATEC, que oferta o curso superior tecnológico de Gestão da Produção Industrial, com 40 vagas no período noturno.
A cidade possui 11 escolas de Ensino Médio, 36 escolas de Ensino Fundamental e 37 escolas de Educação Infantil.
Em 2012, de acordo com o IBGE, Itatiba possuía 13 971 matrículas no Ensino Fundamental e 4 333 matrículas no Ensino Médio.
Comunicações
A cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB), que construiu em 1970 a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1973 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que em 1998 foi privatizada e vendida para a Telefônica, sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas operações de telefonia fixa.
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