Apartamentos à Venda em Gonzaga
O Gonzaga é um bairro nobre da cidade de Santos, SP. A Praça da Independência, situada no bairro do Gonzaga é um ponto de referência regional, lá é onde são feitas manifestações, apresentações e comemorações.
O bairro do Gonzaga, fica dividido pela orla da praia, nos canais 2 e 3, e pela Avenida Francisco Glicério. Seus principais atrativos são três shoppings, sorveterias, a Praça da Independência, cinemas, lojas, galerias, comércio, restaurantes.
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Os dados mais recentes da Fundação Seade, órgão estadual, apontam que Santos é a 17ª cidade mais rica do país, com Produto Interno Bruto da ordem de R$ 27,616 bilhões em 2010. O montante de riquezas gerado na cidade supera oito estados brasileiros, como Alagoas, Sergipe e Tocantins.
Já o PIB per capita anual é de R$ 65.848, conforme o mesmo levantamento de 2010. Turismo e Serviços em geral têm importante peso nesses números, mas o Porto como principal canal de entrada e saída de cargas do Brasil é o maior gerador de receita e renda para a cidade. Tanto que o município é a segunda cidade que mais arrecada impostos no Estado, atrás apenas da capital.
O orçamento municipal gira em torno de 1,9 bilhão em 2013, segundo estimativa. A renda per capita também figura no início do ranking de cidades brasileiras. Pelo censo de 2010, do IBGE, aparece em 9ª posição, com remuneração média de R$ 1.682,24, maior do que a renda por habitante de capitais como São Paulo (R$ 1.495,04) e Rio de Janeiro (R$ 1.518,55).
O nível de emprego tem se mantido em constante alta na última década, seguindo tendência nacional. Pesquisas semestrais do Núcleo de Estudos Socioeconômicos (NESE) da Unisanta mostraram que a taxa de desemprego manteve-se entre 8% e 11% entre 2011 e 2012.
Santos é porto, em essência e em história
A trajetória de Santos se confunde com a história de seu Porto, um gigante com 13 quilômetros de extensão que é responsável por cerca de 26% da balança comercial brasileira.
A inauguração oficial se deu em 2 de fevereiro de 1892, quando a Companhia Docas de Santos entregou os primeiros 260 metros de cais no Valongo. O episódio iniciou um salto de desenvolvimento econômico da cidade. Entretanto, o Porto para atracação teve início no século XVI e se localizava na baía de Santos. A transferência do cais para o canal do estuário, em águas menos vulneráveis a ataques, resultou na formação de um povoado nos anos 1540. Em 1546, este povoado foi elevado à condição de Vila do Porto de Santos.
Três séculos depois, a economia do Estado de São Paulo ganhou uma injeção de ânimo com a São Paulo Railway, que passou a operar em 1867, época de expansão na produção do café, ligando Baixada Santista à capital e interior. Os investimentos no Porto para escoar carga foram inevitáveis.
Após anos de obras, o Porto foi inaugurado em 1892 e, a partir de então, experimentou grande crescimento, exportando todo tipo de insumo: açúcar, café, laranja, algodão, adubo, carvão, sucos cítricos, soja, veículos, granéis líquidos. Desde aquela época, segundo a Codesp (que administra o complexo desde 1980), o Porto já movimentou mais de 1 bilhão de toneladas de cargas.
A partir de 1993, a Lei 8.630/93 mudou o modelo de exploração com a instituição de arrendamento de áreas e instalações à iniciativa privada, mediante licitações públicas.
A ilha de São Vicente era chamada Goaió, que significa "lugar de fornecimento de provisões". Ali os viajantes encontravam índios amistosos, com os quais trocavam mercadorias por alimentos. A parte da ilha onde surgiria Santos ficou conhecida como Enguaguaçu, termo que corresponde a "enseada grande".
Não se conhece o ano exato do princípio da povoação. O certo é que o fundador de Santos, Brás Cubas, chegou de Portugal em 1532, com Martim Afonso de Souza, donatário da Capitania de São Vicente. Dele recebeu as terras de Jurubatuba e comprou as terras situadas no Enguaguaçu. Vizinho ao outeiro, Brás Cubas construiu sua casa.
Assim Santos é um dos poucos municípios brasileiros que sabe exatamente seu local de fundação: o outeiro de Santa Catarina, no Centro. Na rocha ainda existente, uma placa indica como início da povoação a época de 1543.
Em 1541, Brás Cubas conseguiu a mudança do porto, que ficava na Ponta da Praia, na atual Ponte dos Práticos, para o outro lado da ilha, o lagamar de Enguaguaçu, hoje Centro da Cidade. Muitos consideram a transferência do porto como a verdadeira fundação de Santos. Outros apontam 1º de novembro de 1543 como a data histórica, quando foi instalado o primeiro hospital da América, a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos, por iniciativa de Brás Cubas e que acabou originado o nome da cidade. Oficialmente, a fundação é comemorada como 1546.
Em 1546, Santos foi elevada à categoria de Vila e, em 26 de janeiro de 1839, passou a ser cidade. Desempenhou papel relevante na independência do País, tendo sido berço dos irmãos Andrada - José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco - todos batalhadores pela causa separatista.
Na luta pela abolição da escravatura, abrigou milhares de escravos em quilombos na área continental, fugidos das fazendas de café do planalto paulista. O trabalho foi tão intenso que, três meses antes de a Lei Áurea ser promulgada, já não havia escravos na cidade. Posteriormente, a população participou da campanha pela República, organizando listas de assinaturas, comícios, movimentos.
A princípio constituída por portugueses, espanhóis, indígenas, negros e seus descendentes, no início do século XIX a população recebeu imigrantes europeus, na maioria portugueses, espanhóis, italianos, sírios e libaneses, incorporados às atividades do porto cafeeiro e do comércio.
Na segunda metade do século XX, a população cresceu com a chegada de migrantes nordestinos, atraídos pelo mercado de trabalho do parque industrial de Cubatão, município vizinho. O movimento operário ganhou força por meio dos sindicatos dos portuários e dos trabalhadores da construção civil.
As três origens do nome de Santos
Existem três explicações para a origem do nome da cidade, conforme lembram as autoras de Santos - Um Encontro com a História e a Geografia (1992), Angela Maria Gonçalves Frigerio, Wilma Therezinha Fernandes de Andrade e Yza Fava de Oliveira:
Lisboa no século XVI: a doca de Alcântara, o porto fechado e ao fundo o porto de Santos, de onde aliás partiram Cabral e Martim Afonso
Lisboa no século XVI: a doca de Alcântara, o porto fechado e ao fundo o porto de Santos,
de onde aliás partiram Cabral e Martim Afonso
"A primeira diz que Santos vem do nome do hospital de Todos os Santos da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, fundada por Braz Cubas, em 1543, segundo informação de Frei Gaspar.
"Na segunda explicação, o nome de um dos portos de Lisboa, o porto de Santos, teria sido dado à Vila, conforme Francisco Martins dos Santos. Esta explicação é reforçada pela semelhança geográfica entre a localização do porto de Santos, em Lisboa, no rio Tejo, e do porto de Santos, no lagamar do Enguaguaçu.
"A terceira versão diz que o nome foi dado pelo navegador português João Dias de Solis, a serviço da Espanha. Indo para o Sul, descobriu o Rio da Prata e passou antes por um rio, que chamou dos Santos Inocentes, localizado a 23º e 1/4 de Latitude Sul (seria a entrada do porto de Santos). A descoberta deu-se em 1515, no dia 28 de dezembro. No calendário cristão é o dia dos Santos Inocentes, aqueles meninos que foram mortos por ordem do cruel Herodes, que planejava matar o Menino Jesus. Com o tempo, o Rio dos Santos Inocentes passou a ser chamado de Rio de Santos".
Explicação de Francisco Martins - A tese de que o nome Santos tem origem no porto lisboeta é defendida pelo historiador Francisco Martins dos Santos, que contradiz Frei Gaspar da Madre de Deus, explicando que a ligação com o nome do hospital só surgiu na obra do próprio Frei Gaspar:
"Baseava-se então Frei Gaspar, de fato muito respeitável, exclusivamente na tradição oral, por ele colhida em sua época, mas principalmente junto aos frades do Carmo, fonte regularmente suspeita no assunto, sem que um documento sequer viesse fundamentar a sua afirmação ou as suas afirmações naquele trecho contidas, todas igualmente sem base documental".
Continua Francisco Martins, demonstrando que o lisboeta Hospital de Todos os Santos era uma instituição oficial, conhecida como Hospital de S. João Evangelista, que em 27 de junho de 1564 foi entregue à Misericórdia de Lisboa, e portanto só a partir dessa data poderia influir na denominação de algum hospital da Misericórdia que se fundasse no Brasil. Reforçando sua opinião, o historiador demonstra que o Hospital de Santos nunca foi citado com o nome de Todos os Santos em qualquer documento do século XVI, aparecendo sempre e apenas como Hospital, Casa de Saúde, Casa de Misericórdia, Casa de Pia ou Casa Santa e Casa Santa de Misericórdia. Além de não ter registros escritos, o nome Todos os Santos também não foi de uso popular.
Minha avó, como tanta gente por aí, chama o Centro Histórico de Santos de “cidade”.
E ela não é a única, pois o termo foi comum durante muito tempo. E, inclusive, aparecida no letreiro dos ônibus com destino ao tradicional bairro santista até meados dos anos 90. Agora, pra quem nasceu mais recentemente, a expressão precisa ser traduzida logo em seguida. De todo modo, o apelido e o motivo de sua existência fazem parte da história do Centro de Santos.
Já que hoje (16 de agosto) é o dia do Centro de Santos, o Juicy Santos vai te explicar essa e outras curiosidades sobre o tradicional bairro da cidade.
Você conhece a história do Centro de Santos? Independentemente da resposta, leia e (re) descubra o local.
10 COISAS QUE VOCÊ NÃO SABIA SOBRE O GONZAGA
A gente conhece a história do nosso país. Passamos anos na escola aprendendo sobre a Europa, África e Américas. Mas o passado do local em que vivemos é, quase sempre, ensinado rapidamente ou até ignorado.
Você conhece a história do seu bairro?
Provavelmente não, né? O Juicy Santos percebeu isso e foi pesquisar a origem de cada cantinho santista, pois já que somos bairristas (com orgulho), vamos aprender um pouco mais sobre o local onde escolhemos viver.
1- O nome veio do “Botequim do Gonzaga” que, em 1888, ficava no local que hoje abriga a Caixa Econômica Federal (Rua Marcílio Dias, de esquina com a praia). Mas, antes de dar nome ao bairro, Antônio Luiz Gonzaga nomeou o ponto de parada dos bondinhos (na época, puxados por burros) que ficava bem próximo ao estabelecimento.
2- As primeiras cabines de banho (chuveiros) para banhistas foram instaladas pelo senhor Gonzaga, em frente ao seu bar.
3- Existem muitas versões sobre o motivo do Botequim do Gonzaga ter fechado, segundo o filho do senhor Gonzaga (em entrevista à A Tribuna anos depois), uma demanda judicial dizia que o terreno pertencia à Marinha.
4- O local onde está a Praça da Independência era uma lagoa.
5- A Rua Marcílio Dias, hoje paraíso dos eletrônicos e importados, era cortada por um rio!
6- Os cinemas (Belezinha do Gonzaga, Cassino, Atlântico e Gonzaga) tinham teto solar e outras atividades além da exibição de filmes.
7- Um costume comum nas ruas do bairro era o footing: os homens ficavam parados na calçada, formando uma espécie de passarela para as mulheres passarem.
8- Nos anos 80, comemorava-se o Dia do Gonzaga, em 21 de julho. A data era alusiva ao aniversário de Antônio Luiz Gonzaga (19 de julho) e contava com shows, promoções no comércio local e sorteios de valores em dinheiro.
9- Desde que a Praça da Independência existe, ela é usada para grandes comemorações ou reivindicações.
10- A praia do Gonzaga era chamada de praia da Barra.
Quem queria encontrar Pagu, Plínio Marcos, Paulo Lara, Narciso de Andrade e Roldão Mendes Rosa só precisava ir ao Bar da Regina. Se o bar já estivesse fechado, certamente estavam no Restaurante Almeida, onde terminavam o assunto.
VOCÊ CONHECE A LIGAÇÃO ENTRE SANTOS E A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA?
Dia 9 de julho é feriado em todo o estado de São Paulo.
Isso porque esse foi o dia em que a Revolução Constitucionalista de 1932 teve início.
Além do dia off que você poderá aproveitar, você sabe qual foi o envolvimento de Santos com esse movimento? Pois é, muitos santistas não sabem, mas o povo da cidade ajudou essa história a acontecer. E, aliás, tem museu e até monumento homenageando os feitos dos santistas em 32.
Se você não conhece a história de Santos e a Revolução Constitucionalista, o Juicy vai te contar.
Santos e a Revolução Constitucionalista
A revolução armada começou em 9 de julho de 1932 em São Paulo e também no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul.
O motivo? A intenção era derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. O levante começou, de fato, após a morte de quatro jovens por tropas getulistas em um protesto contra o então presidente da República.
No dia seguinte, as manchetes de todos os jornais, inclusive do centenário santista A Tribuna, relatavam o que estava acontecendo e os motivos da luta. Bastou a leitura para que muita gente daqui quisesse colaborar.
No total, foram 3 mil combatentes de Santos. Mas essa não foi a única presença de Santos na batalha.
Paralelo ao movimento em direção à Estação do Valongo, de onde saíam os trens para São Paulo, o povo santista se organizou para oferecer diversas outras ajudas. É possível citar, por exemplo, doações para compra de capacetes dos combatentes. Em poucos dias, a cidade juntou o que hoje seria, em média, R$ 400 mil para essa causa.
Além disso, os atletas da equipe de remo do Clube Internacional de Regatas doaram todos os prêmios conquistados até então. Com o valor das medalhas e troféus foram comprados itens necessários para a revolução. Entre eles, estavam roupas, comida e remédios. Também saíram de Santos médicos e outros profissionais de saúde.
Homenagem: Você não conhecia a história, mas muito provavelmente já passou pelo monumento que homenageia os santistas que ajudaram a revolução de 32. O monumento Filhos de Bandeirantes fica no centro da Praça José Bonifácio, no Centro Histórico, e é considerado um dos mais importantes do estado.
A obra tem criação do escultor Antelo Del Debbio e foi inaugurada em 1956.
A obra tem 15 metros de altura e várias estátuas em homenagem aos santistas que participaram da revolução. Além da memória no meio do Centro Histórico, aqui em Santos também estão objetos da época. Os capacetes de aço (que o povo de Santos ajudou a custear), partes dos uniformes e bandeiras estão guardados no Instituto Histórico e Geográfico de Santos (IHGS).
Nesse monumento há uma placa com nomes, acho que de santistas que morreram na revolução (acho). No bairro do Boqueirão há ruas com esses nomes junto a rua Voluntários Santistas, paralela à rua Mato Grosso. Também conhecido como Vila Rica.
Considerado o Bairro mais importante da cidade de Santos. Até por volta de 1977, o Bairro não possuía nenhum shopping, era famoso pelas suas galerias, onde concentravam-se as principais lojas e boutiques do Bairro, as mais conhecidas a eram a Galeria Campos Elísios, AD Moreira, 5ª Avenida e Ipiranga.
Em 1977 o Bairro ganhou o seu primeiro Shopping Center, construído no lugar do antigo Parque Balneário.
Na década de 90, inaugurou-se o seu segundo e maior Shopping. O Mendes Plaza Center.
Recentemente o Bairro ganhou mais um Shopping Center, o Pátio Iporanga, edificado no lugar do antigo Cine Iporanga.
Um dos mais belos bairros da cidade, o Gonzaga é o destino de muitos que buscam um passeio agradável. É o bairro da Praça Independência, da av, Ana Costa, dos shoppings e das galerias. Gonzaga é sinônimo de lazer, compras, boa gastronomia e da própria memória da cidade. Afinal, são 120 anos de história.
Um dos mais belos bairros da cidade, o Gonzaga é o destino de muitos que buscam um passeio agradável e daqueles que diariamente vão e vêm do trabalho. É o bairro da Praça da Independência, da avenida Ana Costa, dos shoppings e das galerias. O Gonzaga é sinônimo de lazer, compras, boa gastronomia e da própria memória da cidade. Afinal, são 120 anos de história.
A história do bairro do Gonzaga, em Santos, que neste domingo faz aniversário, começou na rua Marcílio Dias onde um comerciante chamado Luiz Antonio Gonzaga tinha um bar e o local era ponto de referência para os bondes que ligavam as praias ao centro. Doutora em história, a professora Cida Franco conta que o bar virou ponto para os passageiros.
"As pessoas que passavam por lá diziam: É ali perto do Gonzaga, vou descer próximo ao Gonzaga. E assim o bairro ganhou esse nome. O bar servia também para as pessoas se abrigarem do sol ou da chuva".
Com avenidas, shoppings, e hotéis que fazem parte do cotidiano da cidade, o Gonzaga representa o cartão-postal de Santos.
Sem falar das praias. Uma paisagem que contagia quem passa pelo calçadão, com um toque histórico do bonde e da Praça das Bandeiras. "Quando as praias começam a ser frequentadas pelos moradores e turistas, os comércios e grandes restaurantes começam a surgir. Esse é um dos motivos que o local oferece: boa gastronomia e variedade do comércio", ressalta a historiadora. Ela lembra que o bairro já foi considerado uma verdadeira Cinelândia, pois reunia os melhores cinemas da cidade.
O bairro é conhecido como um lugar em que as pessoas buscam entretenimento, cultura, boa comida, moda e, é claro, alegria. Quando o time do Santos ganha algum campeonato, a comemoração acontece na praça da Independência, que já virou ponto de encontro dos torcedores do peixe.
Completando 120 anos, no coração da cidade, vivem cerca de 25 mil moradores e mais de mil comerciantes que disputam clientes e turistas que passam pelo Gonzaga. "É um bairro que deixa a gente à vontade, como se estivesse em casa. Sabemos que a nossa cidade é linda, mas o Gonzaga nunca vai perder o trono”, finaliza.
Ponto de referência e de encontro no Gonzaga, a Praça da Independência impressiona pela beleza e imponência do Monumento aos Andradas. No entanto, poucos dos que passam por ele constantemente param para pensar em seus significados. Inaugurado em 1921, o monumento idealizado pelo historiador e ex-diretor do Museu Paulista, Affonso d'Escragnolle Taunay, e composto por esculturas de Antoine Sartorio, é uma homenagem aos irmãos José Bonifácio, Martim Francisco e Antonio Carlos de Andrada e Silva, personalidades santistas de grande importância na história do Brasil.
Propositalmente de costas para a praia e voltado para o interior, o monumento representa a emancipação do Brasil de Portugal, com representações de várias cenas históricas do processo de Independência em que os irmãos Andrada estiveram envolvidos. Embaixo de cada escultura, inscrições explicam cada um desses momentos. A grande obra, construída em
granito e bronze, é sustentada por escadarias que simbolizam a sedimentação e a evolução do país a partir de sua autonomia.
Você já se imaginou dono de uma propriedade avaliada em milhões de reais e não poder dispor de um centavo deste patrimônio? Pois é o que está acontecendo com o empresário Armando Lopes, proprietário de um imóvel com 30 mil m² de área construída, em terreno de 40 mil m² na praça Rotary, atrás do Shopping Parque Balneário, em pleno coração do Gonzaga.
O imóvel, que faz frente para as ruas Carlos Afonseca e Fernão Dias, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) há cerca de 15 anos e, desde então, começaram as dores de cabeça de Lopes, que adquiriu a propriedade nos anos 70 e a manteve alugada por 27 anos para a Diretoria Regional da Saúde - DIR/19, da Secretaria de Estado da Saúde. O prédio foi desocupado há mais de uma década e, a partir daí, não teve mais destinação comercial definida por ser um bem tomado.
O principal argumento do Condepasa é que se trata do último bloco remanescente do antigo Parque Balneário Hotel, complexo hoteleiro e turístico demolido nos anos 70. Segundo consta no processo de tombamento, o prédio tem linhas neoclássicas semelhantes ao conjunto principal, apesar de não ter o mesmo requinte. Já Armando alega constar do processo o fato de o ex-presidente Washington Luis ter dormido ali uma noite no longínquo ano de 1935. "Esse anexo foi construído nos anos 40! Era uma edícula usada como lavanderia e aposentos dos empregados".
Edícula, propriamente, é exagero. A propriedade, de seis pavimentos e 48 dormitórios, está localizada em uma das áreas mais cobiçadas por empresas e grupos empresariais, mas, como imóvel tombado, há uma série de restrições para o uso, pois uma simples alteração necessita de análise e aprovação do Condepasa, o que, segundo o empresário, cria obstáculos para a locação. "Para instalar um simples aparelho de ar-condicionado é preciso enviar um projeto para o Condepasa", protesta Armando. A presidente do órgão, Eliane Elias Mateus, confirma esta exigência, mas depende do caso. "Se for na parte externa, com risco de descaracterizar a fachada, é preciso".
Pendenga judicial - A briga judicial entre Armando Lopes e a Prefeitura de Santos vem se arrastando há anos e já rendeu caixas e caixas de documentos. A Prefeitura está executando uma dívida de mais de R$ 1 milhão de IPTU atrasado, negociada com o empresário, que vem pagando parcela mensal superior a R$ 7 mil.
Armando, por sua vez, informa ter ganho ação de ressarcimento pelo tombamento no valor de R$ 4 milhões, valor estimado com base em hipotético aluguel que o proprietário deixou de ganhar em todos esses anos. "Hoje, estaria em torno de R$ 150 mil mensais. Esta ação está em vias de ser executada, pois não cabe mais recurso à Prefeitura". Ele também acionou a Prefeitura, responsabilizando-a pelo tempo de abandono do imóvel.
A dívida de mais de R$ 1 milhão corresponde à cobrança de IPTU nos dois primeiros anos seguintes ao tombamento. Depois disso, o imóvel recebeu isenção fiscal, mas o imposto voltou a ser cobrado este ano por falta de manutenção.
Armando justifica: durante anos uma área pertencente à propriedade, na rua Carlos Afonseca, foi alugada para estacionamento e o locatário entrou com pedido de usucapião, sendo concedida liminar judicial. Como consequência, em 2008 o empresário ficou por dez meses impedido de entrar em sua propriedade, obtendo a reintegração da posse somente no início deste ano. "Fiz uma reforma geral, hidráulica, elétrica, até com intenção de dar um aproveitamento ao lugar. Depredaram e saquearam tudo, roubaram até a calha. Agora, a Prefeitura alega falta de manutenção para voltar a cobrar IPTU".
Armando conta que havia um projeto de transformar o edificio em uma extensão do shopping, ampliando com lojas, flats, restaurantes, mas acabou deixando de lado devido às dificuldades impostas.
"É uma aberração esse tombamento. O prédio nunca foi utilizado como bem cultural da cidade. Tentei ate que fosse ocupado pelo Museu Pele, mas não quiseram". Eliane Mateus contesta: "não é verdade, não há nenhum impedimento para o uso do imóvel. Ele (Armando) apresentou uma proposta de reforma e depois mais nada".
A presidente do Condepasa notificou o empresário por falta de manutenção do prédio e diz ter comunicado ao Ministério Público. Enquanto a pendenga se arrasta com novas apelações e recursos, a cidade vai assistindo à lenta deterioração (telhado quebrado, portas arrebentadas, calhas e quase toda a fiação elétrica retiradas e por ai vai) de um belo prédio em um dos pontos mais valorizados de Santos.
A inspiração veio de Paris, onde no século XIX surgiram as galerias, tendência que se espalhou pelo mundo, modificando as relações entre público e privado no espaço urbano das cidades. Ao contrário dos centros de compras fechados, são espaços sem barreiras tão definidas, mais acessíveis ao público que garimpa algo para comprar ou apenas as utiliza como passagem para cruzar as quadras. Um modelo de conjunto comercial mais tarde copiado e aperfeiçoado pelos shoppings centers.
Em São Paulo as galerias comerciais surgiram no século passado, tendo como base a ideia francesa e com a intenção de compensar a falta de espaço e aumentar as áreas rentáveis dos prédios residenciais. Com seus usos destinados ao comércio e serviços, muitas delas acabaram por se especializar em algum tipo de produto e ultrapassaram o teto do andar térreo dos edifícios, ganhando novos pavimentos.
Em Santos, a novidade chegou na década de 60, quando a área central era o grande polo comercial da cidade. A primeira foi a Ipiranga, inaugurada em 1964 no térreo de três edifícios geminados: D. Pedro I, D. Pedro II e Jose Bonifácio. A cidade não possuía shopping ainda e logo a galeria virou o point do Gonzaga. "Na época era como um minis shopping", diz Teresa Losada, há 31 anos estabelecida na galeria com uma loja de bolsas e acessórios.
O sucesso foi tanto que logo surgiram outras, também no Gonzaga, que ganhou a característica de bairro das galerias. São cinco em torno ou próximas da praça Independência: Ipiranga, Queiroz Ferreira, Campos Elíseos, 5ª Avenida e Brasil (da rua Floriano Peixoto à rua Marechal Deodoro), além da A.D. Moreira, que liga a rua Floriano Peixoto à avenida Presidente Wilson, na praia. E há até o que parece, mas não é, como o caso do Centro Comercial Nova Azevedo Sodré, que liga a avenida Ana Costa com a rua Bahia.
Esses corredores comerciais que reúnem centenas de lojas com produtos e serviços diversificados contribuíram na transformação do Gonzaga em polo comercial e turístico. E os comerciantes não reclamam: "Apesar de termos também lojas em dois shoppings, nosso ponto forte é a galeria. Aqui temos freguesia tradicional", afirma André Nicola, da Alex Calcados, atualmente com quatro lojas na Galeria Ipiranga, onde a marca está há 40 anos.
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