Imóveis para alugar – RS
Imóveis à venda - RS
A história do Rio Grande do Sul começa antes de 1500, data oficial da descoberta do Brasil. Passa por disputas entre portugueses e espanhóis pelo Sul da América nos séculos 16 e 17, guerras para definir fronteiras territoriais do Brasil com os países vizinhos, conflitos políticos pelo poder no Brasil Império até a República, e pela imigração de alemães e italianos, especialmente, que consolidaram a identidade da população.
Ao longo de seus quase quatro primeiros séculos de história, os gaúchos estiveram envolvidos em guerras na defesa do território brasileiro, na maioria das vezes com os seus habitantes transformados em soldados, via de regra sem soldo regular.
Habitada inicialmente por índios Charrua/Minuano, Guarani e Kaingang, o território do Rio Grande do Sul passou a pertencer à Espanha com o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que estabeleceu os limites com Portugal.
A exploração econômica e a possibilidade de escravização dos indígenas atraiu a atenção dos colonizadores europeus, e, ao mesmo tempo, provocou o envio de jesuítas espanhóis para converter os nativos.
A constituição do território se fundamenta em 1680 por necessidade da Coroa portuguesa em socorrer sua praça meridional, a Colônia do Sacramento, às margens do rio da Prata, que enfrentava investidas de tropas espanholas. Foram os jesuítas em meados de 1682 que fundaram a primeira cidade do Rio Grande do Sul: São Francisco de Borja, a atual São Borja.
Com a consolidação do poderio lusitano no século 17, o então Rio Grande de São Pedro se estabelece como província em 1796. Pouco depois, em 1809, são criados os municípios de Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre - à época, a economia da província se baseava nas charqueadas (produção de carne salgada).
Imigração: Em 1824, os primeiros imigrantes alemães chegam à região, a maioria deles lavradores que receberam pequenos lotes de terra ao longo do Vale dos Sinos e Encosta da Serra. Junto com os estrangeiros, surgem novas dinâmicas econômicas na agricultura, comércio e indústria, rompendo a bovinocultura predominante.
O ano de 1875 marca a chegada dos primeiros imigrantes italianos às regiões de Bento Gonçalves e Garibaldi. Por lá, passaram a se dedicar a atividades como artesanato, extração de madeira e vitivinicultura. O desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul está diretamente ligado à contribuição de trabalho dos imigrantes europeus.
Propriedade da família Masotti na zona rural de Caxias do Sul no final do século XIX
Guerra dos Farrapos: Celebrada até hoje como orgulho dos gaúchos, a Revolução Farroupilha foi um levante de rebeldes republicanos em 1835 em reivindicação às taxas extorsivas cobradas pelo Império pela produção de charque, erva-mate e couro.
A partir de 1821, a Coroa passou a cobrar impostos pesados sobre os produtos rio-grandenses, beneficiando as mesmas matérias-primas dos concorrentes platinos. Depois de 10 anos de combates e quase 50 mil mortes estimadas, o conflito teve fim com a assinatura do Tratado de Poncho Verde, em 1845.
Réplica da casa em que o líder farroupilha Bento Gonçalves viveu parte da vida em Cristal
Guerra do Paraguai: Com Francisco Solano Lopez como líder, Paraguai enfrentou Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai
Com Francisco Solano Lopez como líder, Paraguai enfrentou Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai - Foto: Divulgação
Quarta e última das guerras platinas motivadas pelo interesse dos países vizinhos na região do rio da Prata, o conflito militar entre 1864 e 1870 colocou o Paraguai frente à Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai.
Liderados pelo ditador Francisco Solano Lopez, os paraguaios aprisionaram o navio brasileiro Marquês de Olinda e atacaram a cidade de Dourados, em Mato Grosso, retaliando a invasão do Brasil ao Uruguai para depor o ditador Aguirre, aliado de Solano Lopez. Foi o estopim para o início dos combates. Em 1865, o Paraguai também fez incursões no território argentino para tentar conquistar o Rio Grande do Sul. A luta chegou ao fim em março de 1870, apesar dos acordos de paz não terem sido concluídos de imediato devido à recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia - o que aconteceu somente em 1876 com a Conferência de Buenos Aires.
Revolução Federalista: A Revolução da Degola, como ficou conhecida a Revolução Federalista (1893 e 1895), foi um dos maiores e mais sangrentos conflitos ocorridos em solo brasileiro, envolvendo federalistas (maragatos) e republicanos (pica-paus) durante o governo de Floriano Peixoto.
Insatisfeitos com as ações governamentais após a renúncia de Deodoro da Fonseca, os membros do Partido Federalista do Rio Grande do Sul - liderados por Gaspar da Silveira Martins e Gumercindo Saraiva - eram contra o autoritarismo dos governantes estaduais, reivindicando a deposição de Júlio de Castilhos, então presidente do Estado (antiga alcunha dos governadores).
O grande número de degolas cometidas para poupar armas e munições foi um marco da guerra, deixando mais de dez mil mortos. Após dois anos de violência, o presidente Prudente de Morais encerrou o conflito em agosto de 1895.
Maragatos do Partido Federalista eram liderados por Gumercindo Saraiva (2º da dir. para esq. sentado)
Maragatos do Partido Federalista eram liderados por Gumercindo Saraiva (2º da dir. para esq. sentado) - Foto: Reprodução/Blog Imagens Históricas
Revolução de 23: Sucessor de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros assumiu a presidência do Estado em 1898
Sucessor de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros assumiu a presidência do Estado em 1898 - Foto: Reprodução
Há 94 anos, no mês de janeiro, a Revolução de 1923 eclodia no estado colocando os oposicionistas - maragatos (assisistas) - em confronto contra o poder constituído - chimangos (borgistas). O primeiro grupo, formado por dissidentes do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), tinha como líder Joaquim Francisco de Assis Brasil. O segundo era comandado por Antônio Augusto Borges de Medeiros, que esteve no poder por mais de duas décadas.
Os ânimos se exaltaram após a vitória de Borges de Medeiros na eleição de 1922, considerada fraudulenta e ratificada em uma Assembleia composta majoritariamente por borgistas, autorizando seu quinto mandato. A paz só viria em 14 de dezembro daquele ano com a
assinatura do Pacto de Pedras Altas, alterando a Constituição estadual para rejeitar reeleições sucessivas e confirmar a confidencialidade do voto.
Revolução de 30: A Aliança Liberal (Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul) foi responsável pela Revolução de 1930, iniciada na capital gaúcha no dia 3 de outubro daquele ano. Além de levar Getúlio Vargas a ocupar a presidência do Brasil, após derrota para o paulista Júlio Prestes em eleição considerada fraudulenta, o levante colocou um ponto final na política do café com leite (São Paulo e Minas), dando início à Era Vargas.
A cidade de Porto Alegre tem como data oficial de fundação 26 de março de 1772, com a criação da Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, um ano depois alterada para Nossa Senhora da Madre de Deus de Porto Alegre.
O povoamento, contudo, começou em 1752, com a chegada de 60 casais portugueses açorianos trazidos por meio do Tratado de Madri para se instalarem nas Missões, região do Noroeste do Estado que estava sendo entregue ao governo português em troca da Colônia de Sacramento, nas margens do Rio da Prata. A demarcação dessas terras demorou e os açorianos permaneceram no então chamado Porto de Viamão, primeira denominação de Porto Alegre.
Em 24 de julho de 1773, Porto Alegre se tornou a capital da capitania, com a instalação oficial do governo de José Marcelino de Figueiredo. A partir de 1824, passou a receber imigrantes de todo o mundo, em particular alemães, italianos, espanhóis, africanos, poloneses, judeus e libaneses. Este mosaico de múltiplas expressões, variadas faces e origens étnicas, religiosas e linguísticas, faz de Porto Alegre, hoje com quase 1,5 milhão de habitantes, uma cidade cosmopolita e multicultural, uma demonstração bem-sucedida de diversidade e pluralidade.
Foi a ferro e fogo que Porto Alegre construiu a sua história. A capital do Rio Grande do Sul é também a capital dos Pampas, como é conhecida a região de fauna e flora características formada por extensas planícies que dominam a paisagem do Sul do Brasil e parte da Argentina e do Uruguai. É nessa região que nasceu o gaúcho, figura histórica, dotada de bravura e espírito guerreiro, resultado de lendárias batalhas e revoltas por disputas de fronteiras entre os Reinos de Portugal e Espanha, a partir do século XVI.
As revoltas se sucederam, mas foi o século XIX que marcou o seu povo, após uma longa guerra por independência contra o Império Português. A chamada Guerra dos Farrapos se iniciou com um enfrentamento ocorrido na própria capital, nas proximidades da atual ponte da Azenha, no dia 20 de setembro de 1835. Mesmo sufocado, foi este conflito que gravou na história o mito do gaúcho e é até hoje cantado em hino, comemorada em desfiles anuais e homenageada com nomes de ruas e parques.
Com o fim da Guerra dos Farrapos, a cidade retomou seu desenvolvimento e passa por uma forte reestruturação urbana nas últimas décadas do século XVIII, movida principalmente pelo rápido crescimento das atividades portuárias e dos estaleiros. O desenvolvimento foi contínuo ao longo do tempo e a cidade se manteve no centro dos acontecimentos culturais, políticos e sociais do país como terra de grandes escritores, intelectuais, artistas, políticos e acontecimentos que marcaram a história do Brasil.
A região de Blumenau era habitada por índios Kaigangs, Xoklengs também denominados botocudos e, mesmo antes da fundação da Colônia Blumenau, já havia famílias estabelecidas na região de Belchior, nas margens do ribeirão Garcia e do rio Itajaí-Açú.
Em 1850, o filósofo alemão Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau obteve do Governo Provincial uma área de terras de duas léguas para estabelecer uma colônia agrícola, com imigrantes europeus.
Em 2 de setembro de 1850, dezessete colonos chegaram ao local onde hoje se ergue a cidade de Blumenau. Muitos outros imigrantes atravessavam o Oceano Atlântico em veleiros de companhias particulares. E assim foi crescendo o número de agricultores, povoadores e cultivadores dos lotes, medidos e demarcados ao longo dos rios e ribeirões que banhavam o território da concessão.
No princípio, a Colônia era de propriedade do fundador, Dr. Blumenau. Em 1860 o Governo Imperial encampou o empreendimento e Dr. Blumenau foi mantido na direção até a elevação da colônia à categoria de município, em 1880. Em poucos anos, Dr. Blumenau, dotado de grande energia e tenacidade, fez da colônia um dos maiores empreendimentos colonizadores da América do Sul, criando um importante centro agrícola e industrial influente na economia do País.
Herança da história de sua colonização, a microrregião de Blumenau possui costumes e tradições únicos. Colonizada no início por alemães, seguidos de italianos e poloneses, também recebeu habitantes do Vale do Rio Tijucas, descendentes de portugueses. Mesmo assim, as cidades da microrregião incorporaram principalmente a cultura alemã e italiana.
A Lei nº 860, de 4 de fevereiro de 1880, elevou a colônia à categoria de município. Entretanto, em outubro, uma grande enchente causou sérios prejuízos à população e à administração pública, com a destruição de pontes e estradas. Após isso, a instalação do município só foi possível em 10 de janeiro de 1883, quando assumiu o exercício a Câmara Municipal eleita no ano anterior. Em seguida, o município recebeu o título de Comarca (1886) e, finalmente, em 1928, passou à categoria de Cidade.
Até 1934 o território de Blumenau somava 10.610 km². Hoje se resume a 519,8 km². Trinta e oito novos municípios resultaram de sucessivos desmembramentos. Este, em conjunto com Blumenau, compõe essa próspera região do Estado de Santa Catarina.
A Cidade de Canela: Tranquilidade e muitas opções de lazer e descanso. Belos parques e atrativos turísticos, que usam como cenário belezas naturais, matas nativas, ar puro, o cantar dos pássaros e belas estruturas construídas para bem receber, proporcionando momentos de paz, diversão e lazer.
Gastronomia que contempla várias culturas, com atendimento de excelência e deliciosos sabores cuidadosamente temperados. O tradicional churrasco, o romântico fondue e o doce chocolate caseiro são especialidades que agradam. Hotéis e pousadas cheios de aconchego, muito conforto e atendimento diferenciado.
Eventos culturais e de lazer para todas as idades, durante o ano todo. Comércio variado com malhas, artesanato, couro e grifes. Belezas naturais sempre bem cuidadas e preservadas chamam a atenção de seus visitantes.
Parques cheios de mata nativa, quedas d’água de 131 metros, trilhas, morros e vales com vistas inesquecíveis. Tudo isso é um convite para os casais românticos, para as famílias que buscam lazer ao ar livre e também para os adeptos de turismo aventura. Além disso, empreendimentos que buscam oferecer sempre novidades com muita segurança para seu público.
O primeiro proprietário do território foi Joaquim da Silva Esteves, o qual obteve em 1821 da Coroa Portuguesa o título de “Campestre Canella”.
O nome da cidade provém de uma árvore, chamada de Canela, então localizada não longe do local onde está atualmente a praça central da cidade, a Praça João Corrêa, esta caneleira servia de ponto de encontro e pousada de tropeiros. O Coronel João Corrêa Ferreira da Silva foi o desbravador do povoado, construiu uma estrada de ferro, iniciando a obra por volta de 1913 sendo está concluída em 1924, ligando Canela a Taquara.
Em 1913, foi criada a “Companhia Florestal Riograndense”, esta Companhia comprava pinheiros e terras nas redondezas do Caracol.
Para exploração desses pinheiros foram instaladas cinco serrarias. Foi contratado por esta Companhia o Sr. Helmut Schmitt, prático em locação de estradas e instalações de serrarias, e por conta da Companhia Florestal, este mandou construir diversas estradas, desde a localidade do Caracol até o Banhado Grande, Esteinho, Ferradura, Tubiana, etc.
Em 02 de março de 1926, Canela foi catalogada pelo Ato nº 302 como 6º Distrito do Município de Taquara. O movimento emancipacionista tomou maior vulto a partir de 1942.
Em 28 de dezembro de 1944, pelo Lei Estadual nº 717, foi criado o Município de Canela, tendo sido instalado 1º de janeiro de 1945, sendo nomeado como primeiro prefeito o Sr. Nelson Schneider.
Geografia: Canela localiza-se na micro-região 309 (RS), nos degraus da encosta infeior nordeste e na extremidade sul da Serra Geral. O município é dividio pelo Rio Caí (Santa Cruz), abrangendo as nascentes do Rio Paranhana (Santa Maria).
O primeiro morador do território foi Joaquim da Silva Esteves, o qual obteve em 1821 da Coroa o título de “Senhor do Campestre do Canella”.
O nome da cidade provém de uma árvore, chamada de Canela, que era localizada na área central da cidade, hoje Praça João Corrêa, esta caneleira servia de ponto de encontro e pousada de tropeiros.
Clima: O clima é quente e temperado em Canela. Existe uma pluviosidade significativa ao longo do ano. Mesmo o mês mais seco ainda assim tem muita pluviosidade. Segundo a Köppen e Geiger o clima é classificado como Cfb. Em Canela a temperatura média é 16.0 °C. Tem uma pluviosidade média anual de 2012 mm.
Se compararmos o mês mais seco com o mês mais chuvoso verificamos que existe uma diferença de precipitação de 61 mm. As temperaturas médias, durante o ano, variam 8.5 °C. Com uma temperatura média de 20.5 °C, Janeiro é o mês mais quente do ano. Ao longo do ano Julho tem uma temperatura média de 12.0 °C.
Durante o ano é a temperatura média mais baixa. Novembro é o mês mais seco com 137 mm. Apresentando uma média de 198 mm, o mês de Setembro é o mês de maior precipitação.
O conjunto de metais e esmaltes lembram as cores nacionais (verde e amarelo) e da bandeira do Rio Grande do Sul (verde, vermelho e amarelo).
Um dos 162 municípios gaúchos habilitados pelo CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente) que dispõe de condições de fornecer licenciamento ambiental aqueles empresários dispostos a investir no município.
Conjuntos para alugar – RS
Conheça o Rio Grande do Sul, Brasil e todas suas 62 oportunidades imobiliárias região.
Rio Grande do Sul é um Estado brasileiro, a cidade onde temos mais opções de imóveis para Aluguel é: Porto Alegre.
Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, a região onde está situado o estado do Rio Grande do Sul era habitada por índios guaranis, tapes e charruas. Um dos primeiros registros que faz referência à região data de 1531, quando os navegadores portugueses Martin Afonso de Souza e Pero Lopes, de passagem pela costa (na qual não desembarcaram), batizaram a barra (onde alguns anos depois, foi aberta a passagem para os navios, do oceano para a Lagoa dos Patos) com o nome de Rio Grande de São Pedro. Por um grande período, a região foi visitada apenas por aventureiros, em busca de índios para capturar e escravizar.
No início do século XVII, a região até então considerada “terra de ninguém”, começou a ser ocupada com a chegada dos padres jesuítas, que fundaram as Missões Jesuíticas pela região onde hoje estão situados os estados do Rio Grande do Sul e do Paraná e os países, Paraguai e Argentina. As missões jesuíticas, nessa região, tinham como principal característica o grande número de índios guaranis convertidos por grupos pequenos de religiosos. Com o objetivo de garantir a alimentação dos índios convertidos, o Padre Jesuíta Cristovão de Mendonça introduziu o gado nas missões em 1634.
Em 1641, os bandeirantes expulsam os jesuítas da região. Na fuga dos jesuítas, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem (ou chimarrão, como se dizia na época), dando origem ao chamado gado “orelhano”.
Em 1682, jesuítas espanhóis, aproveitando que os bandeirantes estavam ocupados na extração de ouro e pedras, retornam ao solo gaucho e fundam o primeiro núcleo urbano do estado: São Francisco de Borja, atualmente a cidade de São Borja.
O primeiro grupo de povoadores organizados e apoiados oficialmente pelo governo veio da Ilha dos Açores, em 1740, e foram acomodados nas proximidades de Porto de Dorneles. Essa população deu origem à cidade de Porto Alegre.
As estâncias, o mesmo que chamamos de fazenda, já em 1780, investiam na produção de charque, produto que passou a ser vendido para o restante do país.
Um capítulo a parte na história do Rio Grande do Sul foi a Revolução Farroupilha, que teve início em 1835 e durou 10 anos. A Revolta dos Farrapos foi um movimento de imperialistas contra os gaúchos republicanos, causada por motivos econômicos, sociais, políticos e militares. As idéias iluministas, liberais, encantaram a elite rio-grandense, que sofria com os desmandos do poder imperial, que cobrava altos impostos e eram indiferentes as necessidades da região. O conflito tem fim com a assinatura do “Ponche Verde”, em primeiro de março de 1845.
História
A história do Rio Grande do Sul começa antes de 1500, data oficial da descoberta do Brasil. Passa por disputas entre portugueses e espanhóis pelo Sul da América nos séculos 16 e 17, guerras para definir fronteiras territoriais do Brasil com os países vizinhos, conflitos políticos pelo poder no Brasil Império até a República, e pela imigração de alemães e italianos, especialmente, que consolidaram a identidade da população. Ao longo de seus quase quatro primeiros séculos de história, os gaúchos estiveram envolvidos em guerras na defesa do território brasileiro, na maioria das vezes com os seus habitantes transformados em soldados, via de regra sem soldo regular.
Habitada inicialmente por índios Charrua/Minuano, Guarani e Kaingang, o território do Rio Grande do Sul passou a pertencer à Espanha com o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que estabeleceu os limites com Portugal. A exploração econômica e a possibilidade de escravização dos indígenas atraiu a atenção dos colonizadores europeus, e, ao mesmo tempo, provocou o envio de jesuítas espanhóis para converter os nativos.
O Tratado de Tordesilhas foi assinado em 1494 por Portugal e Espanha, as potências da época, dividindo o Sul da América - Foto: Acervo da Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
A constituição do território se fundamenta em 1680 por necessidade da Coroa portuguesa em socorrer sua praça meridional, a Colônia do Sacramento, às margens do rio da Prata, que enfrentava investidas de tropas espanholas. Foram os jesuítas em meados de 1682 que fundaram a primeira cidade do Rio Grande do Sul: São Francisco de Borja, a atual São Borja.
Com a consolidação do poderio lusitano no século 17, o então Rio Grande de São Pedro se estabelece como província em 1796. Pouco depois, em 1809, são criados os municípios de Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre - à época, a economia da província se baseava nas charqueadas (produção de carne salgada).
Imigração
Em 1824, os primeiros imigrantes alemães chegam à região, a maioria deles lavradores que receberam pequenos lotes de terra ao longo do Vale dos Sinos e Encosta da Serra. Junto com os estrangeiros, surgem novas dinâmicas econômicas na agricultura, comércio e indústria, rompendo a bovinocultura predominante.
O ano de 1875 marca a chegada dos primeiros imigrantes italianos às regiões de Bento Gonçalves e Garibaldi. Por lá, passaram a se dedicar a atividades como artesanato, extração de madeira e vitivinicultura. O desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul está diretamente ligado à contribuição de trabalho dos imigrantes europeus.
Celebrada até hoje como orgulho dos gaúchos, a Revolução Farroupilha foi um levante de rebeldes republicanos em 1835 em reivindicação às taxas extorsivas cobradas pelo Império pela produção de charque, erva-mate e couro. A partir de 1821, a Coroa passou a cobrar impostos pesados sobre os produtos rio-grandenses, beneficiando as mesmas matérias-primas dos concorrentes platinos. Depois de 10 anos de combates e quase 50 mil mortes estimadas, o conflito teve fim com a assinatura do Tratado de Poncho Verde, em 1845.
Quarta e última das guerras platinas motivadas pelo interesse dos países vizinhos na região do rio da Prata, o conflito militar entre 1864 e 1870 colocou o Paraguai frente à Tríplice Aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai. Liderados pelo ditador Francisco Solano Lopez, os paraguaios aprisionaram o navio brasileiro Marquês de Olinda e atacaram a cidade de Dourados, em Mato Grosso, retaliando a invasão do Brasil ao Uruguai para depor o ditador Aguirre, aliado de Solano Lopez. Foi o estopim para o início dos combates.
Em 1865, o Paraguai também fez incursões no território argentino para tentar conquistar o Rio Grande do Sul. A luta chegou ao fim em março de 1870, apesar dos acordos de paz não terem sido concluídos de imediato devido à recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia - o que aconteceu somente em 1876 com a Conferência de Buenos Aires.
Revolução Federalista
A Revolução da Degola, como ficou conhecida a Revolução Federalista (1893 e 1895), foi um dos maiores e mais sangrentos conflitos ocorridos em solo brasileiro, envolvendo federalistas (maragatos) e republicanos (pica-paus) durante o governo de Floriano Peixoto. Insatisfeitos com as ações governamentais após a renúncia de Deodoro da Fonseca, os membros do Partido Federalista do Rio Grande do Sul - liderados por Gaspar da Silveira Martins e Gumercindo Saraiva - eram contra o autoritarismo dos governantes estaduais, reivindicando a deposição de Júlio de Castilhos, então presidente do Estado (antiga alcunha dos governadores).
O grande número de degolas cometidas para poupar armas e munições foi um marco da guerra, deixando mais de dez mil mortos. Após dois anos de violência, o presidente Prudente de Morais encerrou o conflito em agosto de 1895.
Há 94 anos, no mês de janeiro, a Revolução de 1923 eclodia no estado colocando os oposicionistas - maragatos (assisistas) - em confronto contra o poder constituído - chimangos (borgistas). O primeiro grupo, formado por dissidentes do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), tinha como líder Joaquim Francisco de Assis Brasil. O segundo era comandado por Antônio Augusto Borges de Medeiros, que esteve no poder por mais de duas décadas.
Os ânimos se exaltaram após a vitória de Borges de Medeiros na eleição de 1922, considerada fraudulenta e ratificada em uma Assembleia composta majoritariamente por borgistas, autorizando seu quinto mandato. A paz só viria em 14 de dezembro daquele ano com a assinatura do Pacto de Pedras Altas, alterando a Constituição estadual para rejeitar reeleições sucessivas e confirmar a confidencialidade do voto.
Revolução de 30
A Aliança Liberal (Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul) foi responsável pela Revolução de 1930, iniciada na capital gaúcha no dia 3 de outubro daquele ano. Além de levar Getúlio Vargas a ocupar a presidência do Brasil, após derrota para o paulista Júlio Prestes em eleição considerada fraudulenta, o levante colocou um ponto final na política do café com leite (São Paulo e Minas), dando início à Era Vargas.
Porto Alegre é um município brasileiro e a capital do estado do Rio Grande do Sul. Com uma área de quase 500 km², possui uma geografia diversificada, com morros, baixadas e um grande lago, o Guaíba, distando 2027 quilômetros de Brasília, a capital nacional.
A cidade constituiu-se a partir da chegada de casais açorianos em meados do século XVIII. No século XIX contou com o influxo de muitos imigrantes alemães e italianos, recebendo também espanhóis, africanos, poloneses e libaneses. Desenvolveu-se com rapidez, e hoje abriga mais de 1,4 milhões de habitantes. A cidade enfrenta muitos desafios, entre eles a grande população ainda vivendo em condições de pobreza e sub-habitação, um alto custo de vida, deficiências sérias no tratamento de esgotos, muita poluição e degradação de ecossistemas originais, índices de crime elevados e crescentes problemas de trânsito.
Por outro lado, ostenta mais de 80 prêmios e títulos que a distinguem como uma das melhores capitais brasileiras para morar, trabalhar, fazer negócios, estudar e se divertir. Foi destacada em anos recentes também pela ONU como a Metrópole nº1 em qualidade de vida do Brasil por três vezes; como possuindo um dos 40 melhores modelos de gestão pública democrática pelo seu Orçamento Participativo, e por ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles nacionais. Dados do IBGE a apontaram em 2009 como a capital brasileira com a menor taxa de desemprego.
História
Localizada em uma região habitada pelo homem desde 11 mil anos atrás, Porto Alegre estabeleceu-se como cidade somente no século XVIII. Até então o território do Rio Grande do Sul ainda pertencia legalmente aos espanhóis, mas desde o século XVII os portugueses começaram a dirigir esforços para a conquista, e foram progressivamente penetrando no território pelo nordeste, chegando através do Caminho dos Conventos, uma extensão da Estrada Real, à região da Vacaria dos Pinhais, e dali descendo para Viamão. A penetração foi realizada por bandeirantes que vinham em busca de escravos índios e por tropeiros que caçavam os grandes rebanhos de gado bovino, mulas e cavalos que viviam livres no estado.
Mais tarde os tropeiros passaram a se radicar no sul, transformando-se em estancieiros e solicitando a concessão de sesmarias. A primeira delas foi outorgada em 1732 a Manuel Gonçalves Ribeiro na Parada das Conchas, onde hoje é Viamão. Outra via de penetração foi através do litoral, fundando-se em 1737 uma fortaleza onde hoje é Rio Grande, com o objetivo dar assistência à Colônia do Sacramento, no Uruguai.
Depois da assinatura do Tratado de Madrid (1750) o rei de Portugal determinou que fosse reunido um grupo de quatro mil casais dos Açores para povoar o sul, mas efetivamente foram transportados apenas cerca de mil casais, que se espalharam pelo litoral entre Osório e Rio Grande, e um pouco pelo interior. Cerca de 500 pessoas se fixaram em 1752 à beira do lago Guaíba, no chamado Porto de Viamão, o primeiro nome da futura Porto Alegre. Os conflitos locais entre portugueses e espanhóis, porém, não foram contidos pelo Tratado. Rio Grande foi invadida por espanhóis em 1763, a
população portuguesa fugiu e o governo da Capitania do Rio Grande de São Pedro se mudou às pressas para Viamão.
O Porto de Viamão foi elevado a freguesia, com o nome de Freguesia de São Francisco do Porto dos Casais, em 26 de março de 1772, hoje estabelecida como data oficial da fundação da cidade. Em vista da sua melhor situação geográfica e estratégica, em 25 de julho de 1773 o governador da Capitania, Marcelino de Figueiredo, determinou a transferência da capital de Viamão para lá, quando a freguesia já tinha cerca de 1.500 habitantes.
Em 16 de dezembro de 1812 Porto Alegre tornou-se sede da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, recém-criada, e cabeça da comarca de São Pedro do Rio Grande e Santa Catarina. Em 1814 o novo governador, Dom Diogo de Sousa, obteve a concessão de uma grande sesmaria ao norte, com o fim expresso de estimular a agricultura local. Com o crescimento de cidades próximas como Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha, e em vista de sua privilegiada situação geográfica, na confluência das duas maiores rotas de navegação interna - a do rio Jacuí e a da Lagoa dos Patos - Porto Alegre começava a se tornar o maior centro comercial da região. A frota permanente que frequentava o porto nesta altura contava com cerca de cem navios, e foi aberta uma alfândega. Também se iniciavam exportações de trigo e charque. Em 1816 se haviam comerciado 400 mil alqueires de trigo para Lisboa, e em 1818 se venderam mais de 120 mil arrobas de charque, produto que logo assumiria a dianteira na economia local.
Em 1822 a vila ganhou foro de cidade. A partir de então chegaram os primeiros imigrantes alemães, instalando restaurantes, pensões, pequenas manufaturas, olarias, alambiques e diversos estabelecimentos comerciais. Como a situação econômica da Capitania não ia bem, pressionada por pesados impostos e negligenciada pelo governo imperial, em 1835 estalou em Porto Alegre a Revolução Farroupilha. Tomada em 1836 pelas tropas imperiais, a partir de então a cidade sofreu três longos cercos até o ano de 1838. Foi a resistência a esses cercos que fez D. Pedro II dar à cidade o título de "Mui Leal e Valorosa". Apesar do inchaço populacional daqueles tempos, a malha urbana só voltou a crescer em 1845, após o fim da revolução e com a derrubada das muralhas que cercavam a cidade.
No período de 1865 a 1870 a Guerra do Paraguai transformou a capital gaúcha na cidade mais próxima do teatro de operações. A cidade recebeu dinheiro do governo central, além de serviço telegráfico, novos estaleiros, quartéis, melhorias na área portuária. Em 1872 as primeiras linhas de bonde entraram em circulação. Construiu-se a Usina do Gasômetro (1874) para geração de energia e implantou-se uma rede de esgotos (1899), enquanto os bairros da cidade se expandiam.
Na virada do século XX Porto Alegre passou a ser imaginada como o cartão de visitas do Rio Grande do Sul, idéia alinhada com os propósitos do Positivismo, corrente filosófica abraçada pelos governos estadual e municipal, e por isso a cidade deveria transmitir uma impressão de ordem e progresso. Para transformar a idéia em fato, a Intendência, a cuja testa estava José Montaury, iniciou um enorme programa de obras públicas. Montaury permaneceu no governo municipal por 27 anos, sendo sucedido por Otávio Rocha e Alberto Bins, que em linhas gerais mantiveram a mesma orientação. A fim de melhor controlar o processo de desenvolvimento, o município atraiu para si a responsabilidade sobre muitos serviços públicos, como o fornecimento de água encanada, iluminação, transporte, educação, policiamento, saneamento e assistência social, em um volume que ultrapassava em muito o hábito da época e superava o que faziam na mesma altura São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1940 o município contava com cerca de 385 mil habitantes e seus índices de crescimento eram positivos para a indústria, a construção civil, a educação, a saúde, a eletrificação, o saneamento, o movimento portuário, os transportes e as obras de urbanização.
A segunda metade do século XX foi caracterizada por um acelerado crescimento urbano e populacional, e os sucessivos administradores se empenharam novamente em uma série de investimentos em obras públicas, enquanto a cidade via desaparecer, sob a onda do progresso, boa parte de suas edificações antigas.
Paralelamente, a cultura de Porto Alegre se caracterizou por um forte colorido político, reunindo expressivo grupo de intelectuais e produtores artísticos influentes alinhados ao Existencialismo e ao Comunismo. Entre o fim da década de 1950 e os anos que precederam o golpe militar de 64 foram montadas peças teatrais de vanguarda, em polêmicas abordagens de crítica social; as artes plásticas mostravam uma arte realista/expressionista de mesmo perfil, que por vezes adquiria um tom panfletário.
Porto Alegre nas últimas décadas se tornou uma das grandes metrópoles brasileiras, internacionalizou sua cultura, se tornou um modelo de administração pública, dinamizou sua economia a ponto de se tornar uma das cidades mais ricas do mundo, e alcançou altos níveis de qualidade de vida, mas ao mesmo tempo passou a experimentar os problemas que afligem outros grandes centros urbanos do Brasil, com o surgimento de favelas, de dificuldades no trânsito e crescimento da poluição e dos índices de criminalidade.
Geografia
Subdivisões
Porto Alegre originalmente se dividia em distritos, forma documentada pela primeira vez em 1892. Na década de 1950 foi formulada a divisão por bairros. O primeiro a ser criado foi o Medianeira, em 1957, e outros 57 surgiram por força da Lei nº 2022 de 7 de dezembro de 1959. Entre 1963 e 1998 foram criados diversos outros, e alguns dos primeiros tiveram limites retificados. O último a ser criado foi o Jardim Isabel, em 2009. Porto Alegre em 2010 possui oficialmente 79 bairros. O bairro mais extenso é o Arquipélago, com 4.718 ha, e o menor o Bom Fim, com 38 ha. Ainda existem algumas áreas sem denominação oficial, descritas como Zona Indefinida e que são conhecidas por nomes atribuídos popularmente, como é caso do Morro Santana, Passo das Pedras, Chapéu do Sol e Aberta dos Morros. Em 2000 a Zona Indefinida possuía 10.290 ha, com uma população de 115.671 pessoas.
Hidrografia
Geologicamente a estrutura do terreno portoalegrense é muito antiga. A cidade está localizada dentro dos limites da Bacia do Paraná, uma extensa bacia sedimentar que se estende para o norte até o centro do Brasil, cujos primeiros sedimentos foram depositados no Paleozóico, com vários acúmulos posteriores. Localmente o relevo da cidade é dominado pelo Maciço de Porto Alegre, parte do Cinturão Dom Feliciano, formado entre 2 e 2,4 bilhões de anos atrás e responsável pela existência da cadeia de morros que circunda a cidade. Os morros mais elevados são o Morro Santana, com 331m, o Morro da Polícia, com 291m, e o Morro Pelado, com 298m. A altitude média da cidade é de 10 m acima do nível do mar.
Na hidrografia local a formação mais importante é o lago Guaíba, popularmente chamado "rio Guaíba", que limita a cidade a oeste e cujas águas se acumulam no recesso de uma falha geológica que tem origem na cidade de Osório e termina na região de Guaíba, e que são contidas por uma barragem natural na altura da ponta de Itapuã. No lago deságuam os rios acima citados, recebendo também outros tributários menores. A região litorânea possui várias praias, mas sua balneabilidade é comprometida pela poluição.
Clima
O clima de Porto Alegre é classificado como subtropical úmido, tendo como característica marcante a grande variabilidade. A presença da grande massa de água do lago Guaíba contribui para elevar as taxas de umidade atmosférica e modificar as condições climáticas locais, com a formação de microclimas. O contínuo processo de cobertura da superfície do terreno por edificações e calçamento também gera microclimas específicos, observando-se até 4°C de variação térmica nas diferentes regiões da cidade. As chuvas são bem distribuídas, com a média anual permanecendo em torno de 1.300mm. Segundo a BBC Weather o mês mais chuvoso é setembro, com média de 132 mm, e o mais seco é novembro, com 79 mm. Janeiro e fevereiro têm a temperatura média mais alta do ano, chegando a 31°C, e junho e julho a mais baixa, com 9°C.
Meio ambiente
Atualmente Porto Alegre preserva pouco de sua vegetação original e, como ocorre em toda a região metropolitana, os ambientes naturais foram extensamente modificados pelo homem. Da cobertura verde original restam hoje 24,1%, com diferentes graus de alteração humana, sendo 10,2% de campos e 13,9% de florestas. Entretanto, cerca de 65% da área do município ainda não foi ocupada pela urbanização propriamente dita. Estando localizada na zona limítrofe entre os biomas da Mata Atlântica e do Pampa, a cidade apresenta características de ambos, além de incorporar espécies migrantes da Amazônia, do Chaco e da Patagônia.
A cidade conta com três unidades de conservação ambiental: a Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, o Parque Saint-Hilaire e o Parque Natural Morro do Osso, onde estão preservados segmentos de seus ecossistemas primitivos e são ponto de atração para o ecoturismo. A Reserva do Lami possui ecossistemas diferenciados, permitindo o crescimento de cerca de trezentas espécies vegetais, além de um número muito superior de espécies animais como capivaras, tartarugas, lagartos, lontras e jacarés. Mais de 120 espécies de aves nativas já foram registradas na reserva, inclusive migratórias. Os banhados e juncais servem como berçários para muitos organismos aquáticos. O Parque Saint-Hilaire possui uma área de 1.148,62 hectares, dos quais 908,62 se destinam à preservação permanente.
Numa categoria à parte está o Jardim Botânico de Porto Alegre, inaugurado em 1958 com uma área de 81,5 ha dividida em várias coleções vegetais distintas, incluindo espécies nativas, protegidas na chamada Zona Permanente. Em 2004 foi definido como unidade de conservação e como parte integrante da estrutura administrativa da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, com propósitos ecológicos, educativos e recreativos, além de realizar pesquisas científicas de âmbito estadual e manter um banco de sementes para recuperação da biodiversidade de áreas devastadas. O jardim mantém adicionalmente um Museu de Ciências Naturais.
Demografia
A capital contava em 2011 com 1.413.094 habitantes e uma densidade demográfica de 2.896,0 hab/km² em 2008. Porém a densidade demográfica varia consideravelmente entre as várias subdivisões da cidade, com uma forte concentração no Centro e em bairros próximos como Moinhos de Vento, Boa Vista, Mont'Serrat e Santa Tereza. De acordo com o censo de 1990 do IBGE, o mais populoso era o Rubem Berta, com 78.624 habitantes, e o menos populoso era o Anchieta, com apenas 203 pessoas. No mesmo censo o Bom Fim apareceu como o com maior densidade populacional em relação à sua área, com 299 habitantes por hectare, enquanto o Arquipélago, Lageado e Lami indicaram uma taxa de somente uma pessoa por hectare.
Região Metropolitana
A Região Metropolitana de Porto Alegre, criada em 1973, é a área mais densamente povoada do estado, concentrando 37% da população em 31 municípios, 9 deles com mais de 100 mil habitantes. A densidade demográfica da região é de 480,62 hab/km². Estes municípios apresentam grandes disparidades quanto ao PIB per capita e aos indicadores sociais, com uma distribuição desigual de agentes econômicos e de equipamentos urbanos como transporte, saúde, educação, habitação e saneamento. Seu território é dividido em cinco Conselhos Regionais de Desenvolvimento: Metropolitano-Delta do Jacuí, Vale dos Sinos, Paranhana-Encosta da Serra, Centro-Sul e Vale do Caí. Toda a RMPA é hoje um pólo de migração no estado, atraindo muitas pessoas pelos preços mais baixos da terra e pelas facilidades de emprego em áreas de expansão econômica.
Cidades-irmãs
A integração é firmada com o objetivo de criar relações e mecanismos em nível econômico e cultural através dos quais as cidades estabelecem laços de cooperação. Atualmente, Porto Alegre tem treze cidades-irmãs: Kanazawa (Japão); Morano Calabro (Itália); Portalegre, Ribeira Grande, Horta (Portugal); Rosário, La Plata (Argentina); Suzhou (China); São Petersburgo (Rússia); Punta del Este (Uruguai); Natal (Rio Grande do Norte); Austin, Texas, Newark, Nova Jersey, (Estados Unidos).
Turismo
Porto Alegre era em 2007 a sexta porta de entrada de visitantes estrangeiros no país. Entre 1999 e 2007, 376.095 estrangeiros entraram no estado via aérea por Porto Alegre, e o turismo cresce principalmente por a cidade ser um ponto de partida para viagens a outros pontos interessantes do estado como a Serra do Nordeste, o litoral e a região das Missões. Alguns autores acreditam que o turismo local poderia ser muito mais explorado, especialmente as atividades que envolvem o lago e a cultura, mas tanto a iniciativa privada como a pública já têm direcionado esforços para incrementar esta área da economia.
Cultura
Desde os anos 1980 Porto Alegre se caracteriza por ter um circuito de música popular muito diversificado, com a música de inspiração gauchesca ocupando um papel destacado, alavancada pelo apoio recebido do Movimento Tradicionalista Gaúcho e os vários CTGs, mas contando também com vários grupos e cantores de rock e música pop que, incorporando estéticas internacionais e locais, muitas vezes adicionando fortes traços de irreverência e contestação social, deram uma feição original à música popular da cidade, tipificada na produção.
São nomes e grupos bem conhecidos na música popular de Porto Alegre, além dos já citados e entre uma multidão de outros, Raul Ellwanger, Serrote Preto, Zé Caradípia, Cachorro Grande, Gelson Oliveira, Renato Borghetti, Duca Leindecker, Geraldo Flach, Zilah Machado, The Darma Lóvers, Karine Cunha, Arthur de Faria, Wander Wildner, e Da Guedes.
Tradições e folclore
O folclore de Porto Alegre é o resultado da mistura de tradições muito diversificadas, trazidas pelos imigrantes de variadas procedências que formaram a população local, bem como aquelas legadas pelos povos indígenas autóctones e pelos descendentes de escravos africanos. Esse rico folclore, que abrange expressões na dança, na literatura, na música, no teatro, na religião, na culinária e nos jogos infantis, é transmitido em salas de aula e em outras atividades, como oficinas e contação de histórias, voltadas para o público jovem.
Esportes
A cidade se destaca em diversos esportes. O futebol é popular entre os portoalegrenses, que se orgulham de terem lançado nomes importantes do futebol brasileiro, como Falcão, Renato Portaluppi , Ronaldinho Gaúcho, Dunga e Pato, por exemplo, e de contar com dois campeões mundiais de clubes, o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e o Sport Club Internacional. Os dois protagonizam uma das mais clássicas rivalidades do futebol nacional, disputada no chamado Clássico Gre-Nal. A qualidade de seus grandes estádios, o Olímpico Monumental e o Beira-Rio, respectivamente, foi reconhecida internacionalmente e possibilitou que a cidade fosse escolhida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Geralmente o Campeonato Gaúcho de Futebol é vencido por um desses dois times.
Na ginástica olímpica Daiane dos Santos se tornou uma estrela internacional, com 110 medalhas e 18 troféus. No judô João Derly se tornou bicampeão mundial.
Também são famosos Tiago Camilo, eleito o melhor judoca do mundo em 2007, e Mayra Aguiar, medalha de prata no Mundial de Judô de Tóquio em 2010. Anualmente ocorre a Maratona Internacional de Porto Alegre, com um dos percursos mais bonitos do país. Nos esportes aquáticos a vela tem um papel também importante, com clubes tradicionais como o Veleiros do Sul e o Clube dos Jangadeiros, onde se formaram medalhistas em várias competições, incluindo olímpicas, como Fernanda Oliveira, Isabel Swan, e Alexandre Paradeda. Na natação, têm obtido bons resultados Michelle Lenhardt, Betina Lorscheitter e Samuel de Bona.
Coloque os fundos dos dias chuvosos em ordem - você precisará deles.
Você está animado porque acabou de encontrar a casa perfeita. O bairro é ótimo, a casa é charmosa e o preço é justo.
Mas se você é um comprador residencial pela primeira vez, pode descobrir que o preço está longe de ser perfeito.
Se você estiver comprando sua primeira casa, prepare-se para custos adicionais - e muitas vezes inesperados - de compra de casa. Eles capturam muitos compradores de casas inconscientes e podem rapidamente deixá-lo debaixo d'água em sua nova casa.
Espere o inesperado
Para quase todas as pessoas que compram uma casa, os gastos não param com o adiantamento. O seguro do proprietário e os custos de fechamento, como taxas de avaliação e do credor, geralmente são fáceis de planejar, porque estão envolvidos no processo de compra da casa, mas a maioria dos custos além desses varia.
Os proprietários anteriores de sua casa são o principal fator que afeta seus custos de mudança. Se eles levarem a geladeira quando saírem, você precisará comprar uma para substituí-la. O mesmo vale para qualquer aparelho grande.
E, embora isso possa parecer uma compra pequena em comparação com a compra de uma casa, os aparelhos aumentam rapidamente - especialmente se você gastou a maior parte do seu dinheiro em um adiantamento.
Você também estará atento às melhorias imediatas necessárias para a casa, a menos que as negocie como parte do seu contrato de compra da casa.
Infelizmente, esses custos são os menos ocultos daqueles que você pode encontrar.
Ao comprar uma casa, definitivamente contrate um inspetor da casa (isso também custa dinheiro!) Para garantir que a casa não entrará em colapso na próxima vez que chover. Os inspetores procuram por fiação elétrica ruim, fundações fracas, podridão da madeira e outros problemas ocultos que você pode não encontrar por conta própria.
Pior ainda, esses problemas raramente são cobertos pelo seguro residencial. Se um inspetor descobrir um problema sério, você precisará decidir se ainda deseja comprar a casa. De qualquer forma, você terá o custo de contratar o inspetor.
Considere o conforto
Outro custo é o seu próprio conforto. Há várias considerações menores em que você não pode pensar até depois de se mudar.
Você está acostumado a ter cabo? Em caso afirmativo, sua nova casa está conectada por cabo? É muito mais difícil assistir um técnico rastejando em buracos nas paredes quando você é dono dessas paredes.
E se você estiver mudando do mundo dos aluguéis para o mundo da casa própria, provavelmente terá que enfrentar contas de serviços públicos muito mais altas. Além disso, você pode estar pagando por serviços públicos cobertos por um senhorio, como coleta de água e lixo.
Você que está a procura de um imóvel aqui, considere alugar imóveis em - RS não só como uma moradia, mas também como potencial investimento para o futuro. Sobre investimento, fique atento ao mercado de imóveis e suas centenas de oportunidades. Utilize os filtros de busca do Dreamcasa e encontre o imóvel que deseja na medida certa para você.